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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Recompensa relacional

        Psico BAS          Lenda Pessoal          Estado de Espírito           Circo Roncalli

                                                  

Quando se fala em tensão relacional ou psicossomática, o fator principal e talvez o mais difícíl, seja entender como essa descompensação súbita apareceu no corpo. Na realidade, apesar de manifestada fisicamente, trata-se de uma doença de estado emocional, ligada a mente e aos sentimentos, um conjunto de emocionalizações que travam o desencadeamento de um episódio, uma crise aguda, crônica de co-relações entre o corpo e a mente como mecanismos do inconsciente, que o corpo, enquanto carruagem estaria nos solicitando.
É comum, a sensação de que os sintomas "vieram de repente".
E apesar da existência dessa relação de emoção que é manifestada no corpo, toda doença quando atinge um nível físico, deve ser tratada especificamente da maneira clinica que é tradicional à nossa sociedade, procurando médicos e efetuando os exames solicitados e se preciso, tomar remédios prescritos, para só então, paralelamente, seguir uma terapeutica complementar naturológica e psicanalítica.

Não estamos dizendo que nenhum tratamento seja uma panacéia. Não o são.

Apenas alternativas que podem ser complementares umas às outras. 

Uma pesquisa da psicóloga americana Louise L. Hay e M. Odoul, explicam muito claramente que as doenças respiratórias, por exemplo, são causadas por tensões nos relacionamentos ‘com as pessoas de nosso convívio’, pessoas com as quais temos dificuldades de ‘dividir o ar’ que respiramos.


É importante compreender a razão emocional que está por trás da manifestação física, apenas como parte do processo de uma compreensão global da origem de toda a perturbação emocional como manifestação de emoções tensas e negativas que causam dores e doenças, atrofias e perturbações, desequilíbrios orgânicos e psíquicos. É mais um ponto de partida, uma decisão de eliminar "panes pessoais" ao invés de debruçar-se sobre outro problema relacional mais tarde.


Segundo Odoul, dores no quadris estariam relacionadas com um remanejamento de nossas crenças profundas ou uma mudança de atitude
Seria como procurar "um sabotador" em nossa personalidade, ou mais especificamente, no ego.
Na verdade, não estamos acostumados a assumir a responsabilidade pelas nossas reações e por isso procuramos sempre um culpado externo. Procuramos eliminá-lo e não compreendê-lo.
Poderiamos nos bastar eliminando causas externas:  micróbios, vírus, bactérias, etc;  também responsáveis pela manifestação sintomática.  Mas é  imprescindível que o estado emocional interior que  vem alterando a fisiologia - a imunidade - do indivídio seja aprofundado.
A doença, qualquer que seja ela, vai estar “presa” ao corpo, por fatores hereditários ou aquirídos, enfim. Este mesmo corpo que no útero, vivenciou as primeiras "emoções, como o medo", ao nascer,  foi tratado com todo carinho e atenção (espera-se), agora está adulto e possui uma história que o constitui.
É possivel pensar, que a pessoa que nos cuidou (mãe ou alguém que teve o mesmo papel em nossos primeiros anos de vida) , enfim, que se dedicou a nós quando nascemos e também durante o nosso crescimento, nos deu carinho, afeição e amor (na maioria das vezes é nossa mãe) deixou em nós marcas profundas e que na certa, todos carregamos por toda a vida.
Quando tais sentimentos, não mais nos foram proporcionados pela mãe, certamente o foram por outra pessoa. Amigos de adolescência, namorados, professores. E muitos desses relacionamentos vão deixando traumas, marcas, "cicatrizes emocionais".

Toda criança desperta em nós bons sentimentos, para uma criança sempre há maior cuidado, no que é dito, no que é exposto. De uma hora para outra nos tornamos "adultos" .


Mas o ego é uma criança que vive a espera de bons estimulos, cuidados alheios, carinho e aplausos.
Enquanto uma criança possui uma força enorme, no sentido de mobilizar-nos emocionalmente para rebecer toda a atenção e cuidados; o adulto imediatamente passa a lutar por "um lugar ao sol", ficando expostos a milhares de agressões aos sentidos perceptivos. Isso para não  irmos um pouco mais adiante e dizermos - lembra de quando eramos crianças -  “a criança é o eterno reino da alma do adulto”.

Quando ficamos doentes, de certa maneira, voltamos ou tendemos voltar à condição de crianças; numa linguagem mais técnica, regredimos;  ficamos mais “dengosos” e nosso poder de persuasão 'sobre a atenção dos outros' volta a existir, como na infância, queremos atenção, consideração, cuidados, etc. Com tudo isso, quer dizer que quando adoecemos “procuramos” nossa mãe - Um pouco de atenção.

Assim, quando somos crianças, somos fortes, conseguimos “seduzir adultos; temos um poder de atrair muito maior do que quando nos tornamos adultos. Aqui, quando adultos, a doença pode, e às vezes é a única que realmente pode mobilizar "um tanto de atenção" e assume as rédeas da sedução do outro. As vezes, vemos pessoas doentes, que se aproveitam dessas doenças para obterem pequenos favores ou comodidades.”
Quase sempre, “procuramos” as doenças das quais já somos portadores. Processo de desencadear.

Esse procurar, no entanto, não é claro nem explícito, pois ele se mascara, escondendo-se atrás de sintomas, emoções e sentimentos. Inúmeros são os sintomas que parecem ser de alguma doença orgânica e que na realidade, correspondem a uma manifestação de depressão corporal.
Por exemplo: Uma das disfunções que atinge grande parte da população mundial é a obesidade. As causas principais da obesidade ainda é a ingestão de muitas calorias. Estudos comprovam que as pessoas com excesso de peso tendem a ingerir 400/500 calorias a mais diariamente.

Na visão relacional, a obesidade é mais comum em sociedades de extremo hábito consumista, onde o disturbio psico-orgânico relacional é o apego demasiado, a obtenção e retenção.
Engordar estaria intimamente relacionado ao sentimento de proteção, obtenção de uma capa, escudo. Também retratado em maior número entre as sociedades com maiores hábitos de consumo. 
(gordura - camada extra de proteção). Em geral, padrões ligados a  niveis alterados de re-compensação, competição, estresse, agressividade e ansiedade de gerar uma capa de proteção.

A gordura engordaEssa parece uma pergunta um tanto quanto redundante, mas na verdade a gordura está presente em quase todos os alimentos industrializados, e cumprem algumas funções bem específicas, como realçar o sabor de alguns alimentos. O problema que toda essa gordura que nós comemos sem perceber acaba ajudando também a aumentarmos de peso. A gordura ajuda a engordarmos as células de gordura, pelos seguintes motivos:

1) Acentua o gosto dos alimentos e dessa forma, leva a comer-se mais. Ex: o grande aumento de produtos novos, ricos em energia, mas com poucos nutrientes.
2) A sensação de saciedade é mais demorada nos alimentos gordurosos do que nos alimentos ricos em fibras.
3) O excesso de gordura deposita-se facilmente, enquanto que a ingestão de cereais e fibras desprende mais energia para ser metabolizado.
4) Inatividade física.
Ex: A grande e moderna tecnologia substituiu o trabalho braçal por maquinas e aparelhos que produzem o mesmo trabalho, poupando energia; a televisão e o automóvel dominaram as atividades de lazer.

Enquanto as pessoas fazem menos exercícios e comem mais alimentos calóricos, a obesidade/a distração mental avança.

Tanto o facto de emagrecer, quanto a obtenção de outras conquistas da vida, são uma seqüência de dias com relativas restrições e esforços, em busca de uma recompensa. A fase seguinte é sempre a mais difícil;  manter o peso conquistado.
Perceba que sempre que falamos em disfunção orgânica, nos referimos ainda à emocionalizações.
As células do abdome liberam facilmente essa gordura no sangue e no fígado, aumentando o risco de doenças como, hipertensão, colesterol, câncer e distúrbios cardíacos. O obeso tem um número maior de células de gorduras (adipócitos) em relação a uma pessoa não gorda, e após o emagrecimento, este número quase não se modifica, continua o mesmo, ocupando contudo um volume menor. No emagrecimento do corpo, ocorre um emagrecimento dos adipócitos e não a sua eliminação, logo o emagrecimento não significa o fim do risco de engordar novamente.
O maior desafio para o combate a obesidade, quanto para qualquer outro tratamento é a manutenção de novos hábitos saudáveis.

Na maioria das vezes, os tratamentos não alcançam o sucesso desejado ou não permanecem estáveis, pois, as mudanças devem ser feitas tanto nos padrões alimentares e psicológicos, com nutricionistas e psicólogos, quanto na percepção emocional (sentimentos tóxicos relacionais) e o aumento de atividade física (ocupacional).
Apesar de muitos métodos produzirem os efeitos desejados, depois de 1 ano, mais da metade dos pacientes recuperam o peso.
                                                                  Hábitos saudáveis é fator primordial.


Todo interagente normalmente já procura algum tratamento com certa dose de ansiedade querendo resultados rápidos.
No caso da obesidade, a pressa é inimiga, pois quanto mais rápido se perde o peso, mais rápido recupera.
Quanto mais acelerado for qualquer processo na vida do nosso corpo, menos tempo temos de prepará-lo para a consciêntização e manutenção do peso, e assim menos chance de sucesso. Perdas rápidas podem ser perigosas a saúde, junto com o emagrecimento por exemplo, a pessoa deve iniciar uma manutenção que inclua exercícios e dieta equilibrada para toda sua nova vida.
O interagente deve se conscientizar que emagrecer assim como qualquer desordem física é, antes de tudo, um processo de autoconhecimento, alta dose de amor, compreensão e desejo de conhecimento dos fatores que envolvem este facto.



Uma visão Oriental  da Psicofisiologia.

O Tao,  traz em si muitas informações importantes no que diz respeito à interação homem-natureza.
Estas informações começam pelo auto-conhecimento do próprio ser internamente, de modo que o indivíduo possa carregar na memória como se ajudar por toda vida, prolongando-a ao máximo possível. Assim se entende o “TAO”

"Devemos agir de acordo com a nossa vontade apenas dentro dos limites da nossa natureza e sem tentar fazer o que vai para além dela."

A partir daí, podemos nos colocar dentro do mundo “TERRA” e interagir com ele. Há uma “troca” entre o homem e tudo o que há no mundo, em maior ou menor grau. Assim, os fatores naturais entram em contato com o corpo do animal, através, ou por intermédio das suas alterações. O calor, o frio, o vento, a umidade, a secura são fatores que contatam constantemente conosco. São elementos existentes do clima, que podem nos afetar diretamente.
Como vemos, cada elemento pode ser básico, como o calor e o frio, ou ainda composto por duas formas básicas, como o vento gerado pelo encontro dos dois anteriores. Por aí entendemos a existência e co-existência de uma dualidade, de uma polaridade, designada  por “YIN/YANG”, ou negativo /positivo, ou mínimo /máximo, etc.

Esta polaridade é geradora do existir. Em função dela surgem as energias, as diferentes formas, o alto e o baixo, o claro e o escuro, o frio e o quente, assim por diante. Em função dela, também, aparecem as formas intermediárias, entre cada extremo. Assim, nós também temos dentro de nós esta polaridade, pois sem ela não existiríamos, como nada existiria.
A interação pacífica “YIN/YANG” gera o equilíbrio, a uniformidade, a vida. A interação desequilibrada destes dois fatores gera a desordem, a deformidade, o caos e ausência de vida.
Ambos coexistem em tudo que existe. Um complementa o outro. Quando um se sobressai, definha o outro.
Se a sobressaliência é demasiado grande, um acaba se transformado no outro. Quer um exemplo? Imagine uma pessoa com febre, uma febre exageradamente alta. O que acontece a ela? Não começa a tremer? Mas por quê ela treme se está quente? Por que o Yang, representado pela febre, cresceu tanto que acaba por se transformar em Yin, representado pelo tremor de frio, ou calafrio.
Os componentes da natureza, que são básicos para o equilibrio da vida, também interagem entre si.

madeira → fígado → raiva
fogo → coração → alegria / tristeza
terra → estômago → pensamento
metal → pulmão → preocupação
água → rim → medo


Como se pode ver, além da relação elemento/órgão, há na tabela uma terceira coluna com sentimentos também participando desta interação.

Analogias: Assim, você pode estar prejudicando seu fígado ao manter sentimento de raiva em relação à alguém ou à um fato. Do mesmo modo, você já ouvir falar em alguém que tenha falecido por ataque cardíaco após uma grande alegria ou tristeza.  Fogo do Coração.

Você já conseguiu entender que nós não vivemos isolados, que a natureza pode nos trazer benefícios, mas também prejuízos, senão estivermos preparados para enfrentar seus elementos em que nossos sentimentos podem interferir muito em nosso corpo.

Se levarmos em conta que gostamos muito de “entender” as causas dos nossos males, vamos para mais uma informação…
Vivemos em constante desenvolvimento, não paramos de crescer e de apresentarmos "somas" neuro-psico-motor, pela renovação e manutenção de nossa energia corporal.

Com o decorrer dos anos nós vamos, progressivamente, desgastando nossa energia vital, através de erros constantes.

Erramos na alimentação, comendo mais, menos ou inadequadamente. Erramos nas atitudes físicas, desrespeitando nosso corpo, ao solicitar mais dele do que devíamos e erramos por não aprendermos a conhecer nosso próprio corpo e por não ajudar no seu “funcionamento” adequado. E por fim, erramos nos culpando por termos errado.

Com erros sucessivos, os sintomas internos vão encontrando dificuldades para circularem suas respectivas energias e não só para manter nossas funções normais, mas também para defendermos das agressões externas, como infecções, por exemplo.

A partir deste ponto, qualquer agressão que anteriormente seria debelada com a maior facilidade passa a fazer parte do nosso dia a dia, transformando nossas vidas num constante conviver com fantasmas de dores e problemas. Por isso, uma “friagem” pode nos fazer ter ou sentir dores antes não sentidas. DESENCADEAR. ...

Temos que conhecer sempre mais sobre nós mesmos, sabendo se "estamos unilaterando"  mais nossa energia Yin (introspectivos, sensíveis, reclusos, úmidos....) ou Yang (extrovertidos, fortes, expansivos, quentes....).  O ideal é buscar sempre o equilíbrio, lembrando, que as pessoas não são padronizadas.


Existem "outras" diferenças, que devem ser levadas sériamente em consideração na constituição da fisiologia e desenvolvimento de cada individuo da sociedade:


Diferenças dóshicas (Vata, Pitta, Kapha) e seus subdoshas.
Diferenças no desenvolvimento das Inteligências (Lógico-matemática, Inteligência musical, Inteligência espacial, Inteligência intrapessoal, Inteligência cinestésica, Inteligência interpessoal).... e a capacidade de aprendizado e compreensão de cada um.
Diferenças de polaridades: "se precisamos de mais ou menos calor em nosso corpo em determinadas fases de nossas vidas"... 
E assim por diante, propondo uma terapeutica que também evolui de maneira "somática".

A flexibilidade é a maior aliada do equilibrio. A união de forças a maior aliada da vitória.


        Michel de Montaigne

"Os homens tendem a acreditar, sobretudo, naquilo que menos compreendem".

"Os homens só consideram útil o que oferece dificuldade. A facilidade enche-os de suspeitas."

"Nós podemos chegar a ser cultos com conhecimento de outros homens, mas nós não podemos ser sábios com sabedoria de outros homens".




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Uma foto por minuto... Imagem em movimento, uma viagem pelo universo.

Um artista passa uma semana no topo de uma montanha fotografando o céu. O resultado é uma sequência incrível da Via Láctea que parece bailar diante dos nossos olhos. 


Imagens do planeta em movimento

Imagens da Aurora Boreal